11 julho, 2006

Durou uma xícara de chá

(Janela Desconstruída)



A fumaça ainda estava lá,
e as luzes refletiam no chá,
ela sentada ali no bar
só a observar,
rua cheia, rostos familiares.
Noite clara, solitária,
a acompanhar os movimentos
do rapaz branco-leite
do outro lado da calçada,
seus olhos foscos e testa expressiva,
ali, só tristeza.
Ela se recolheu apertada
e chorou, lágrimas de esperança.
O chá acabou.