28 fevereiro, 2009

O signo da cidade

Todos tem um rumo a seguir, nessa cidade maluca, cada cano transporta destinos unidos por sentimentos em comum...


Histórias humanas - das enfermidades, da mentira, da loucura, da solidão, do desespero - que parecem desconectadas se enredam numa engenhosa teia, entre acasos e coinscidências. Apesar das características trágicas particularmente brasileiras, é possível encontrar, no filme , elementos do trágico, porque a essência da tragédia está no coração do homem.



Trilha sonora
Direção: Carlos Alberto Riccelli
Elenco: Bruna Lombardi, Juca de Oliveira, Eva Wilma, Denise Fraga e Graziella Moretto
Produção: Bruna Lombardi e Carlos Alberto Riccelli
Roteiro: Bruna Lombardi
Ano: 2007
País: Brasil
Duração: 95 minutos

http://www.osignodacidade.com.br/pt/

26 fevereiro, 2009

Sangue Negro, 2007

petróleo
pré-crise
violência
fanatismo religioso
ódio
estados unidos
mãos sujas
sangue negro
arrepiante
império
solidão
mentiras
manipulação
mais sangue
silêncio



O melhor filme dos últimos tempos.
(There Will Be Blood, 2007)
Gênero: Drama
Duração: 158 min
Origem: EUA
Estúdio: Buena Vista International
Direção: Paul Thomas Anderson
Roteiro: Paul Thomas Anderson
Produção: Paul Thomas Anderson, Daniel Lupi, Joanne Sellar

trailer

22 fevereiro, 2009

carnaval

a festa da carne
a carne na brasa
carne em paetê
carne salgada
carne nos lençóis

ou ainda espremida contra o muro.
e os de espírito cativo, encarnados,
passaram a madrugada louvando.

fantasia dionisíaca
que é brasil
brincadeira de esconder,
fétida fornada.
santa carnificação.

20 fevereiro, 2009

poucos minutos



Sabe aquela cena de filme em que as pessoas têm poucos minutos para pegar o necessário e deixar o local? Pois bem, no último dia 18, acordei e depois de um tempo notei uma aglomeração de pessoas na calçada, saí para ver o que era e havia um monte de terra na rua. O que será? Sentei, acendi um cigarro, e logo algumas conhecidas começaram a gritar: Sai daí, Luciana, risco de explosão. - O quê? Como assim?
Peguei minha filha ainda sonolenta, bolsa, celular e pasta de documentos e corri pra rua.
Conversei com as colegas, com os desconhecidos e os bombeiros: o barranco atrás do nosso bairro havia deslizado e invadiu as lojas. Cerca de doze lojas, em apenas um apartamento a terra chegou aos quartos. As portas dos comércios estavam retorcidas, coisa feia de se ver. Assustador. E a 50 metros da minha casa. O mesmo morro que estava no meu quintal, onde nasciam lírios brancos no verão.
Por sorte, estávamos de mudança marcada para o dia seguinte, antecipamos um pouquinho e agora estamos no novo lar e seguro, sem morros.

http://www.estadao.com.br/geral/not_ger326121,0.htm

Para Ana e Babo

Num futuro não muito distante....


- Oi! Tudo bem? Qual seu nome?
- Clarice.
- E o seu?
- Clara.
- Você é a Clarice e você a Clara?
- Não, é o contrário!
- Ah, tá. Agora ficou claro!

16 fevereiro, 2009

As Feijós


Na família somos muitas mulheres. Somos a força e a beleza: maternais, alegres, companheiras, justas, hábeis, loucas, briguentas, amigas. Somos, filhas, mães, tias, avós, bisas, primas, netas, sobrinhas, madrinhas e agregadas. As Feijós têm os olhos brilhantes de quem está sempre em busca do novo, do velho e do bem. E a família está a crescer, e como sempre, com novas meninas.

13 fevereiro, 2009

wishing on a star

Um índio - Caetano Veloso

Um índio descerá de uma estrela colorida e brilhante
De uma estrela que virá numa velocidade estonteante
E pousará no coração do hemisfério sul, na América, num claro instante
Depois de exterminada a última nação indígena
E o espírito dos pássaros das fontes de água límpida
Mais avançado que a mais avançada das mais avançadas das tecnologias
Virá, impávido que nem Muhammed Ali, virá que eu vi
Apaixonadamente como Peri, virá que eu vi
Tranqüilo e infalível como Bruce Lee, virá que eu vi
O axé do afoxé, filhos de Ghandi, virá
Um índio preservado em pleno corpo físico
Em todo sólido, todo gás e todo líquido
Em átomos, palavras, alma, cor, em gesto e cheiro
Em sombra, em luz, em som magnífico
Num ponto equidistante entre o Atlântico e o Pacífico
Do objeto, sim, resplandecente descerá o índio
E as coisas que eu sei que ele dirá, fará, não sei dizer
Assim, de um modo explícito
E aquilo que nesse momento se revelará aos povos
Surpreenderá a todos, não por ser exótico
Mas pelo fato de poder ter sempre estado oculto
Quando terá sido o óbvio
Uma dessas idéias que aparecem assim, de repente.