carmen castelã domina
estas torres de palavras
que eu construo como quem
junta limalhas de ferro
fazendo da língua imã
amor vendado de ouro
com dedos de purpurina
traça no ar o desenho
de som de sentido e sina
carmen castelã domina
estas torres de linguagem
imagem de mãe e filha
rosto de amante e menina
senhal miragem poesia
e o tempo de chá e Proust
se dissolve qual neblina
volta a manhã volta a noite
o escuro se faz matina
e é tudo como se fosse
a mesma matéria-prima
de vida revisitada
de instante que não termina:
carmen castelã domina
estas torres de palavras
que eu construo como quem
junta limalhas de ferro
fazendo da língua imã
amor vendado de ouro
com dedos de purpurina
traça no ar o desenho
de som de sentido e sina
carmen castelã domina
estas torres de linguagem
imagem de mãe e filha
rosto de amante e menina
senhal miragem poesia
e o tempo de chá e Proust
se dissolve qual neblina
volta a manhã volta a noite
o escuro se faz matina
e é tudo como se fosse
a mesma matéria-prima
de vida revisitada
de instante que não termina:
carmen castelã domina
o tempo reprimavera
na trama da luz mais fina
neste castelo de ar
carmen castelã domina
feto de ser e de tempo
que o imã da língua junta
qual limalha de platina
amor vendado e vidente
aos pés do castelo assina
seu mistério e grava o nome
com selo de turmalina
diz camões que o amador
na coisa amada se ultima
horácio diz: carpe diem
curte o tempo: flor que fina
mas aqui o tempo tira
da garganta a mão mofina
s’insempra – Dante diria
se enamora: repristina
amor dessela o mistério
que tem seu nome por cima:
“amor mais forte que a morte”
diz a pedra turmalina
neste castelo de torres
carmen castelã domina
na trama da luz mais fina
neste castelo de ar
carmen castelã domina
feto de ser e de tempo
que o imã da língua junta
qual limalha de platina
amor vendado e vidente
aos pés do castelo assina
seu mistério e grava o nome
com selo de turmalina
diz camões que o amador
na coisa amada se ultima
horácio diz: carpe diem
curte o tempo: flor que fina
mas aqui o tempo tira
da garganta a mão mofina
s’insempra – Dante diria
se enamora: repristina
amor dessela o mistério
que tem seu nome por cima:
“amor mais forte que a morte”
diz a pedra turmalina
neste castelo de torres
carmen castelã domina
É o tipo de poesia que gosto. Aqui é um espaço de muito de bom gosto e que faz bem a alma. Um agrande abraço.
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